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Sindicatos Reagem à Tentativa de Adiar Proteção Psicológica no Trabalho: “Esperamos Há 15 Anos”


Trabalhadores dizem não ao adiamento da NR-1 e pressionam o governo pela implementação imediata
Trabalhadores dizem não ao adiamento da NR-1 e pressionam o governo pela implementação imediata

Você sabia que os riscos psicossociais no ambiente de trabalho estão entre os principais causadores de afastamentos e adoecimentos no Brasil? Em um movimento decisivo, centrais sindicais se mobilizaram contra o adiamento da norma que obriga a gestão desses riscos nas empresas. Este artigo traz tudo o que você precisa saber sobre a polêmica envolvendo o Sindilojas-SP, o Ministério do Trabalho e as centrais trabalhistas.


O que está em jogo: NR-1 e os riscos psicossociais


Na última terça-feira (25), as centrais sindicais que compõem a Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) entregaram um manifesto diretamente ao gabinete do Ministro do Trabalho, Luiz Marinho. O motivo? A tentativa de segmentos patronais, liderados pelo Sindilojas-SP, de adiar por mais 12 meses a vigência da obrigatoriedade da gestão dos riscos psicossociais prevista na nova redação da NR-1.

O texto da norma determina que essa obrigação entre em vigor no dia 26 de maio. Para os representantes dos trabalhadores, qualquer tentativa de postergar esse prazo significa colocar em risco a saúde mental de milhões de trabalhadores brasileiros.


Uma espera de mais de 15 anos


O manifesto deixa claro que essa regulamentação é aguardada há mais de uma década e meia. “É um avanço histórico na proteção à saúde e segurança dos trabalhadores”, afirmam. Os impactos dos fatores psicossociais no ambiente laboral — como assédio moral, sobrecarga de trabalho e estresse crônico — já são bem conhecidos e não podem mais ser ignorados.


Falta de preparo não justifica o atraso


O consultor de Saúde e Segurança do Trabalho José Augusto Silva Filho criticou duramente o pedido de adiamento. Em artigo publicado no LinkedIn, ele afirma que o setor empresarial teve nove meses para se adequar à nova norma, mas que muitos empregadores e até profissionais da área negligenciaram essa preparação.


Segundo José Augusto, é inaceitável que agora os mesmos grupos que ignoraram o processo aleguem “falta de maturidade da sociedade civil” para justificar o adiamento. Ele classifica esse argumento como desrespeitoso com os trabalhadores e com os demais segmentos que sequer foram consultados.

O que dizem os sindicatos


As centrais sindicais defendem que a gestão dos riscos psicossociais seja encarada com seriedade e urgência. “Não há mais espaço para desculpas. Os trabalhadores não podem esperar mais”, diz um trecho da carta. O documento também lembra que o sofrimento mental no trabalho tem aumentado nos últimos anos, sendo agravado por fatores como isolamento, metas abusivas e ambientes tóxicos.


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